Reinvenção de ideias e negócios sustentáveis são fórmula do sucesso


5º Congresso Internacional de Inovação na Capital reuniu especialistas em gestão

Adriana Lampert
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Tecnologia verde será o motivador dos emergentes, disse Leonhard
Tecnologia verde será o motivador dos emergentes, disse Leonhard

Para que uma ideia se torne de fato uma inovação no mercado em qualquer área de negócios dos dias de hoje, será preciso levar em consideração o respeito à diversidade cultural, o capital humano, a preservação ambiental e a colaboração industrial. A teoria é compartilhada pelos quatro convidados da plenária Economia Criativa, que aconteceu na manhã de ontem, durante o 5º Congresso Internacional de Inovação, no Teatro do Sesi. Ao falar sobre o tema Criatividade construindo o futuro, o CEO da The Futures Agency, Gerd Leonhard, afirmou que não há outra forma de se obter sucesso no mundo dos negócios que não passe pela construção de um “ecossistema”.

O futurista de mídia sentenciou que um dos desafios do capitalismo é crescer sem arruinar o meio ambiente, e que a tecnologia verde se tornará o maior motivador econômico, principalmente nos países em desenvolvimento, como os do Brics. “Ser sustentável deixou de ser tendência para ser uma obrigatoriedade. Cada vez mais, os consumidores irão exigir isso das empresas. É preciso se reinventar: reimaginar situações, reaprender processos para crescer sem causar tanto impacto ambiental”, disse, ao frisar que as redes sociais estão dando conta de controlar o que as organizações estão fazendo em termos de “devolver algo para o ecossistema”.

Leonhard frisou ainda que o mundo tende a pensar formas de consumo diferentes, onde criar benefícios está alinhado ao processo que busca gerar uma nova economia (verde), que passará pela transformação da sociedade, das pessoas e das corporações. “Na era da informação e do conhecimento que estamos vivendo, as pessoas são o ativo produtivo número um. As áreas urbanas do mundo são as mais economicamente
produtivas, justamente por concentrarem um maior número de pessoas com acesso à educação, saúde, informação, tecnologia, e outros diferenciais”, destacou em sua palestra o CEO da Global Urban Development, Marc Weiss. Ele lembrou que a sustentabilidade e o retorno financeiro caminham juntos na sociedade moderna. “Hoje, há indústrias e regiões mais ricas à medida em que se tornam mais verdes. A economia criativa é sinônimo de ações que não prejudicam o meio ambiente”, disse o especialista.

O diretor-presidente do parque tecnológico Porto Digital, sediado em Recife (PE), Francisco Saboya, apresentou a experiência do Porto Mídia, um projeto em construção na cidade, com o objetivo de estruturar a cadeia produtiva das indústrias criativas. O projeto consiste em quatro núcleos: formação, empreendedorismo, experimentação e exibição. “Um deles objetiva formar pessoas com qualificação técnica nas áreas onde a cidade apresenta déficit de capacitação”, ressaltou.

O processo de implementação do Porto Digital está em andamento e custará R$ 12,5 milhões. A meta é operar a partir de março de 2013.  Promovido pelo Sistema Fiergs, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), Sesi-RS e Senai-RS, o 5º Congresso Internacional de Inovação encerra-se hoje, após a Entrega do Prêmio Finep de Inovação.

Norte-americano dá a receita para a inovação

Fernando Soares

Criar um ambiente de trabalho colaborativo, desenvolver relações pessoais e profissionais em distintas áreas, valorizar a diversidade cultural e buscar influências em ideias já existentes para formar novas. Esses são alguns dos ingredientes necessários para inovar, na visão do professor universitário norte-americano Steven Johnson. A cereja do bolo nessa receita, segundo Johnson, está na percepção de que grandes sacadas não surgem das carências dos consumidores, mas, sim, da necessidade das pessoas serem criativas com os recursos disponíveis no momento.

Ele foi uma das atrações do 5º Congresso Internacional de Inovação. Autor de uma série de livros ligados à ciência, tecnologia e inovação, entre eles “De onde vêm as boas ideias?”, Johnson discorreu sobre o processo criativo por trás da inovação e mencionou uma série de iniciativas bem-sucedidas nos últimos anos. Até Porto Alegre foi citada como exemplo pelo escritor e professor norte-americano. “O Orçamento Participativo, implantado no final dos anos 1980, foi uma grande inovação. É muito bom ter as pessoas se juntando para escolher as prioridades para suas comunidades. Eu moro no Brooklyn, em Nova Iorque, e só alguns meses atrás começamos a ter algo semelhante”, disse. Para ele, possibilitar que outras pessoas colaborem em torno de uma ideia e ouvir as sugestões alheias são boas fontes de inspiração. “O mundo está cheio de pessoas que querem incentivar novos processos”, resumiu.

O norte-americano enfatizou que simples iniciativas também podem surtir um grande resultado. Nesse sentido, ele destacou o exemplo da rede social Twitter. Quando criada, em 2008, a plataforma não oportunizava a criação de hashtags (palavras-chave antecedidas por #). A partir de uma sugestão de usuário da rede, os criadores disponibilizaram essa alternativa. Poucos anos depois, movimentos importantes, como a Primavera Árabe e Ocupe Wall Street, se tornaram conhecidos através de hashtags. Johnson acredita que as boas ideias nascem instintivamente. Mas, para que elas tenham sucesso, é preciso maturá-las e executá-las quando o contexto for propício. Além disso, ele destacou a importância de se buscar referências já existentes durante o processo inovador. “É preciso ter um ambiente um pouco caótico, é necessário confrontar ideias diferentes para criar uma nova”, argumentou.

Outra atração do congresso foi a canadense Valerie Fox, diretora-executiva da Digital Media Zona, no Canadá. Vinculado à Universidade de Ryerson, o local é um espaço de trabalho multidisciplinar de pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções para a indústria.

Fapergs destaca Pesquisador Gaúcho 2012

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), vinculada à Secretaria Estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, entregou, na noite de ontem, o prêmio Pesquisador Gaúcho 2012 aos 11 vencedores durante o 5º Congresso Internacional de Inovação. A medalha Sylvio Torres é destinada aos pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento científico, tecnológico, social, econômico, cultural ou artístico em âmbito nacional e internacional. A condecoração leva o nome do primeiro diretor científico da Fapergs.

Na categoria Arquitetura, Urbanismo e Design, a medalha foi para as mãos de  Wilson Kindlein Júnior. Na área de Engenharia, foi agraciado Carlos Pérez Bergmann. No tema de Física e Astronomia, o mérito foi de Kepler de Souza Oliveira Filho. Na área Interdisciplinar, Leonia Capaverde Bulla foi a vencedora. No ramo da Matemática, Estatística e Computação, Philippe Olivier Alexandre Navaux foi o destaque e, em Química, o agraciado foi Gilson Rogério Zeni.

Em comemoração ao Ano Internacional do Cooperativismo, o destaque foi Renato Kreimeier pela sua atuação no setor. Já nas categorias com ênfase em Inovação, mereceram o prêmio Jéssica Weiler (Piá Inovador), Flávio Costa Bianchi (Pesquisador na Indústria), Geórgia Schiller Barcellos e Paula Vieira Schwade (Técnico-Pesquisador), Schana Andréia da Silva (Orientadora) e Tiago Roberto Balen (Tese Inovação Gaúcha).

Na área da física, Márcia Barbosa foi homenageada com o título de Destaque Cientista Gaúcha. “Nasci no Rio de Janeiro e esse momento é muito especial pra mim. A fundação está ganhando forças e isso dá esperança aos pesquisadores”, salientou.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=107492

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