Produtores culturais e investidores não se compreendem, indica pesquisa
Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
Produtoras experientes, Gisele Jordão e Renata R. Allucci decidiram mapear a área da cultura em seus diversos âmbitos. A primeira fase da pesquisa, dedicada aos produtores e investidores, pode ser conferida na publicação “Panorama Setorial da Cultura Brasileira”.
Foram entrevistados 500 produtores culturais proponentes da Lei Rouanet, além de 40 gestores e investidores da iniciativa privada e órgãos públicos. Alguns resultados foram impressionantes: 63% dos produtores depende de remuneração de outras atividades e apenas 14% deles têm formação específica para esse tipo de trabalho.
“Imaginávamos que havia uma baixa profissionalização do setor, mas não que fosse tão baixa. Vimos que são poucos o que sabem realmente como fazer um planejamento”, afirma Gisele Jordão. “A maioria imagina que aprenderá na prática, trocando informações com outros produtores”.
Falta de diálogo
A pesquisa verificou que há conflitos de pensamentos e interesses entre produtores e investidores. De um lado, 81% dos produtores acreditam que os investidores só querem projetos que podem dar maior visibilidade para a marca. Já os investidores, reclamam da falta de profissionalização dos gestores de projetos.
“Vimos que o produtor não reconhece o papel do investidor, porque acredita que esse precisa compreender melhor as suas motivações, e o investidor não acredita no papel do produtor. Não há diálogo”, observa Gisele.
Segundo ela, o problema está ligado a uma divergência sobre o papel da cultura. “Os investidores não entendem os benefícios do patrocínio, pensam normalmente sob a ótica da comunicação e propaganda”.
Foram entrevistados 500 produtores culturais proponentes da Lei Rouanet, além de 40 gestores e investidores da iniciativa privada e órgãos públicos. Alguns resultados foram impressionantes: 63% dos produtores depende de remuneração de outras atividades e apenas 14% deles têm formação específica para esse tipo de trabalho.
“Imaginávamos que havia uma baixa profissionalização do setor, mas não que fosse tão baixa. Vimos que são poucos o que sabem realmente como fazer um planejamento”, afirma Gisele Jordão. “A maioria imagina que aprenderá na prática, trocando informações com outros produtores”.
Falta de diálogo
A pesquisa verificou que há conflitos de pensamentos e interesses entre produtores e investidores. De um lado, 81% dos produtores acreditam que os investidores só querem projetos que podem dar maior visibilidade para a marca. Já os investidores, reclamam da falta de profissionalização dos gestores de projetos.
“Vimos que o produtor não reconhece o papel do investidor, porque acredita que esse precisa compreender melhor as suas motivações, e o investidor não acredita no papel do produtor. Não há diálogo”, observa Gisele.
Segundo ela, o problema está ligado a uma divergência sobre o papel da cultura. “Os investidores não entendem os benefícios do patrocínio, pensam normalmente sob a ótica da comunicação e propaganda”.