RODADA DE NEGÓCIOS MÚSICA MINAS - AMPLIANDO HORIZONTES


No último dia 04 de dezembro, 15 representantes da produção musical de Minas Gerais, selecionados via edital, participaram da Rodada de Negócios do Programa Música Minas. Cerca de 70 artistas/grupos estavam representados nesta ação.  
Os contemplados, representantes da diversidade musical da produção mineira, tiveram a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e fazer contatos com alguns dos principais e mais influentes nomes do cenário musical brasileiro, como:

Carlos Calado – Folha de S. Paulo, Henrique Ramos Rubin – SESC,  Gisella Gonçalves – Selo Borandá, Fernanda Paiva –  Programa Natura Musical, Rossana Decelso – Saravá Discos/ Ponto de Bala Produções e Pena Schmidt – Auditório Ibirapuera/Programa Itaú Cultural.

A ação foi promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Fórum da Música de Minas Gerais em parceria com o SEBRAE, no Espaço Minas Gerais, em São Paulo.
 Janaina Cunha Melo, Superintendente de Ação Cultural da Secretaria de Estado de Cultura, explica que “Do ponto de vista da Secretaria de Estado de Cultura a ação é estratégica, uma vez que inaugura um novo pensamento com relação à cadeia produtiva, que é de utilização dos mecanismos de incentivo como um “impulso”, e não como um apoio definitivo para o desenvolvimento da carreira de um artista”, diz.
Para ela, o investimento nessa visão empreendedora e o entendimento da arte como atividade criativa e de sustentabilidade é fundamental para que os artistas possam usufruir das políticas públicas, além de estimular discussões no sentido de aprimoramento dos mecanismos para que a contribuição para a sustentabilidade das carreiras seja mais efetiva, e não se traduza apenas em apoios pontuais. Ela aponta também a diversidade dos estilos contemplados:

 “Tivemos representações de todos os segmentos, como a música instrumental, o rock, o rap, a música erudita, a MPB, samba e música regional. Acolher essa diversidade é muito importante para a Secretaria porque é a demonstração de que o Música Minas tem dado conta da heterogeneidade da produção cultural do Estado”, conclui.

O jornalista Kiko Ferreira, curador da ação, explica que a Rodada de Negócios foi desenvolvida em caráter piloto, portanto precisava ser o mais ampla possível, mostrando os diversos enfoques da música mineira.
“A ideia é mostrar essa diversidade e trazer para interlocução pessoas que tenham conhecimento da cena musical brasileira, de uma forma geral.
Formamos uma comissão de pessoas que conhecem a música de quase todos os cantos do Brasil, o que possibilita comparações pertinentes e uma avaliação criteriosa”, diz.

 Renovação do Cenário
O jornalista Carlos Calado (Folha de São Paulo) vê a ação como um canal importante para que se estabeleçam contatos com outras propostas artísticas.
 “Como jornalista, é muito bom poder receber o material do artista, e isso nem sempre chega. Sei que a cena mineira é muito eclética e de alto nível. Qualquer iniciativa pra trazer essa variedade é muito bem-vinda. Isso é bom pra todo mundo, para a imprensa e para quem lida com música de uma forma geral. Quanto mais informação, melhor”, diz.
 O músico Léo Moraes, vocalista do Valsa Binária e representante do selo Membrana, uma das propostas escolhidas para a Rodada, reforça que “uma coisa é você mandar o seu material para o formador de opinião, e outra, completamente diferente é poder falar com a pessoa, interagir e ter um retorno. O Música Minas nos deu essa oportunidade, e é muito bom podermos saber o que eles valorizam no momento de escolher as propostas para os festivais e eventos”, conclui.
 O pesquisador e consultor artístico Pena Schmidt (Auditório Ibirapuera/Itaú Cultural) considera a ação necessária para a criação de oportunidades.
 “Este esforço de mediação exercido entre os artistas e seus possíveis contratantes é importante. Não é possível conhecer todos os trabalhos e essa oportunidade do intercâmbio pessoal é muito enriquecedora”, pontua.
 Quanto aos possíveis desdobramentos da ação, Pena Schmidt se mostra otimista e enfatiza o quanto a oportunidade pode gerar bons resultados.
“Repercussões são inerentes ao que ocorreu aqui, com certeza. É inevitável. Muitos contatos e conexões foram feitas. Agora é dar tempo ao tempo pra que isso se desenrole. Pra você ter uma ideia, eu vim aqui conversar sobre a programação segundo semestre de 2013 – referindo-se ao Auditório do Ibirapuera, do qual é curador - então são ações de médio e longo prazo”, diz.

 Aproveitando as oportunidades

Participar de uma oportunidade como essa é algo que exige dedicação e preparo. Os artistas e seus respectivos produtores precisam ter isso em mente para que consigam alcançar os resultados esperados. É o que demonstra Bernardo Dias, integrante da banda Vitrolas e representante da Incubadora Rampa, que trabalha a gestão coletiva de carreiras artísticas, foi aluno do Programa de Soluções Estratégicas para o Segmento da Música do Sebrae, e reforça a importância de entender os vários papéis necessários para que o trabalho aconteça e o contexto da própria música.
“O SEBRAE passou pra gente a importância dessa auto-análise. O conhecimento do que é o nosso material, nosso som e, principalmente, qual é a melhor maneira pra passar isso a quem interessa, para que conseguíssemos ressaltar o que realmente é importante neste momento. Porque tem o conceito artístico e o administrativo, e o Sebrae nos deu suporte para que pudéssemos compreender as diferenças dos dois aspectos, que são complementares, e aproveitar esse tipo de oportunidade”,  conta.
 Fernanda Paiva, Coordenadora de apoios e patrocínios da Natura Musical, explica que foi a primeira vez que participou de um diálogo como este, com representantes de pontas diferentes da cadeia produtiva da música.
 “É uma rodada de diálogo entre quem produz a música e quem apóia financeiramente para viabilizar os projetos, como é o caso da Natura. Isso é muito rico, por que gera aprendizado para ambas as partes, mostrando como funciona o outro lado, e estimula a criação de pontos de contatos mais fortes. Trata-se de um piloto exemplar que deveria ter continuidade e ampliar para a participação de outras pessoas, levar para outras cidades. Imagino a quantidade de empresas e iniciativas que gostariam de conhecer e construir com uma cena cultural tão múltipla como é a de Minas Gerais. É uma iniciativa muito vencedora”, diz.

Avaliações
A participação na Rodada de Negócios abriu caminhos potenciais para diversos artistas e o trabalho recebeu elogios e sugestões, tanto por parte dos selecionados quanto dos âncoras convidados.
 Para Pena Schmidt “o formato da Rodada talvez possa ser aperfeiçoado, em função da natureza do negócio da música, para que possamos apreender melhor as especificidades de cada trabalho. Acho que podemos refletir um pouco,” analisa.

O músico Leandro Cesar, da banda Urucum na Cara, também avaliou o formato.
“Pra mim foi enriquecedor! Fiz alguns contatos que têm possibilidades grandes de desdobramentos”, diz.

No mesmo caminho, Fred Fonseca, representante de COMUM (Cooperativa da Música de Minas Gerais) pondera sobre a ação.
“A Rodada é inovadora pros músicos, não estamos acostumados com este processo de conceituar, de verbalizar sobre o nosso trabalho”. Diz.

Juliano Jubão, Coordenador do Música, analisa realização da Rodada de Negócios e lembra que é a primeira vez que o Programa promove algo dessa natureza. “Reunimos representantes de muitos segmentos musicais, como rock, rap, erudito, instrumental, samba, música regional, etc e colocamos essas pessoas em diálogo direto com figuras estratégicas do cenário nacional. Nossos principais objetivos eram a criação de oportunidades de negócios e a abertura de portas de um dos mercados mais importantes do país!  Assim como tudo no Música Minas, este é um processo de construção e melhoria contínua, e a opinião dos envolvidos é essencial para isso. O mais importantes é que portas foram abertas para o futuro”, conclui.

Confira as oportunidades do Programa Música Minas;
Foto: Guilardo Veloso

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