Bárbaros Digitais, Influencers, Políticos e outras Bestas perigosas...

 


Em minha jornada na Web aprendi tantas coisas. Acredito que a internet dos anos 1990, quando eu comprei meu primeiro PC, foi a idealização de todos os nossos sonhos inimagináveis. Parecia mágico o ato de clicar e realizar!

Os próximos passos foram os aplicativos de comunicação instantânea. A rapidez com que encontrávamos nossos amigos. A novidade do contato virtual. A conversa no ICQ, no MSN, o sexo nas salas de Bate-papo. Os trabalhos escolares feitos no CTRL+ C, CTRL+V.

Eu fiz dezenas de trabalhos acadêmicos para pagar contas no período da Faculdade. Comecei como digitadora de textos para empresas e estudantes. Naquela época, eu me sentia “a secretária” de todos. Mas foi muito tempo de teclado e esforço para então começar a ter lesão por esforço repetitivo e estresse de universitária.

Graças a medidas rápidas de mudança no percurso, troquei de Faculdade e de trabalho. Reduzir o tempo de teclado e fui ler direto na Biblioteca. Trabalho em biblioteca acadêmica é um deleite para quem ama pesquisa.

Enfim, a ideia não é contar mais da minha própria história. Apesar de saber que a audiência adora saber dos bastidores e que a Economia da Atenção está voltada para a especulação das intimidades.

Não, não. Detesto insulflar os stalkers… 

Onde quero chegar com este texto, na realidade, é trazer a percepção de nossa jornada pelas experiências com a web. O que nos tornamos. O que poderemos ser depois de alguns ajustes essenciais.

O momento dos “conflitos datacentricos” (Pierre Lévy, 2021) - começou para muitos dos ativistas digitais (hoje chamados de Influencers) - a partir da atuação do Facebook nas campanhas eleitorais dos Estados Unidos e depois em outros países, inclusive o Brasil. 

Na minha timeline, o ano em que estes conflitos começam é 2013! 

Entre 2013 e 2016 fui hackeada das maneiras mais sórdidas que se possa imaginar. Furto de aparelho celular, clonagem de chip de dados, furto de contas de perfis online, sincronização de login adulterada, geolocalização adulterada, dinheiro sumindo nas contas de trabalho e seguidores desaparecendo. Amigos indo embora sem explicação. Ah, sim, claro! Telefonemas estranhos, ligações de pessoas estranhas fazendo perguntas no sense, ou apenas desligando após atender a chamada!

Ainda nem contei que trabalhei por três anos numa empresa pública ligada ao setor de telecomunicações. Então, entre 2008 e 2010 perdi toda inocência digital que um ser humano possa ter. A área de TELECOM é o coração das novas tecnologias com as quais lidamos. E, sinceramente, não sei porquê cargas d’água o Brasil deu de bandeja para outros países administrarem a nossa Telecom estratégica.

Mais uma vez, quero ressaltar que o objetivo deste texto é explicar a balbúrdia digital que estamos vivendo. As pessoas estão cancelando, matando, perseguindo e processando judicialmente por interesse em ativos digitais de terceiros! Esses ativos são responsáveis por gerar retorno financeiro em transações de comunicação na web!

Quem enxergou antes, já fez uma bagunça nas Redes Sociais! Mudaram o padrão de vida das pessoas só pra não permitir que elas tirassem retorno financeiro dos negócios online! Criaram empresas-monstro de Marketing Digital e Publicidade online para controle e domínio do mercado.

E, para alcançar esse resultado, houve barbárie no ambiente digital… houve morte na vida real e houve a grande cisão entre Esquerda e Direita na Política Mundial.

Somos produto do meio, no entanto, o ambiente digital foi forçado a moldar-se ao reflexo complexo de nossa vida analógica. Esse retrocesso causou uma anomalia no ambiente digital e, principalmente, nas Redes Sociais. Hoje elas não servem ao público, servem à Gestão Pública de cada país. Controle Social e investigação da vida das pessoas comuns e celebridades também.

Pessoas foram reduzidas no ambiente digital para enxertarem a rede de promissoras “celebridades” entrantes. O lixo da condução de mentes, o erro da fabricação de memórias. A mesma merda do pós segunda guerra mundial. Alimentar falsas esperanças.

Essa barbárie teve um preço alto. Ela se refletiu em nossas vidas fora da web. Ficamos frágeis e agressivos. Perdemos o brilho da imaginação criativa e matamos nossa inocência digital. Foi a primeira infância nas nossas vidas com a web!


A pandemia mundial de COVID-19 foi um grande teste e mostrou que “falta ar” para nossas aspirações por liberdade de expressão digital. 

A necessidade da comunicação e da colaboração nos fez sobreviver, porém, nos falta um certo polimento de “Mestre Paciente” em nossas relações com nós mesmos e com o meio ambiente. Ninguém vai dizer que os humanos criaram um vírus em laboratório para testar as TIC’s em todo planeta! Loucura!

A China, os Estudos Unidos, a Rússia, o Reino Unido, o Japão, a França? Quem manda no mundo agora? Qual religião é melhor? 

Ainda usamos o “mindset” dos anos 1945. Guerra! Ocupação e Dominação.

Precisamos mesmo disso!?

Babyboomers morrendo e Geração X envelhecendo… 

Daqui para frente a dicotomia será nossa parceira. Não viveremos sem dúvidas e sem grandes riscos. 

Sem fim… mas necessariamente com muita Filosofia! 

Se os cérebros nos sacos de carne aguentarem! 

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