Emissoras pedem prioridade para digitalizar rádios AMs


Audiência pública na CCT da Câmara discutiu o futuro da digitalização da radiodifusão no Brasil

O diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) Luiz Antonik defendeu a rápida digitalização de todas as rádios AM do Brasil. Ele explicou que essas emissoras vêm perdendo constantemente lucros com publicidade, devido à sujeira no espectro, o que dificulta a conquista de novos anunciantes.

“Se demorarmos muito para digitalizarmos as rádios AMs, pode ser que não tenhamos nenhuma emissora para digitalizar”, afirmou Antonik. Ele participou, nesta quarta-feira (5), da audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da Câmara para discutir o futuro da rádio AM e a digitalização da radiodifusão no Brasil.

Também presente ao debate, o engenheiro de Comunicações da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), André Felipe Seixas Trindade, defendeu a migração das rádios AMs para os canais 5 e 6, como pretende o Ministério das Comunicações. O problema, no caso, é que esses dois canais ainda são ocupados pela televisão analógica, que deverá ser removida para os canais de 1 a 3.

Canais

O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, anunciou na audiência que os canais de número 5 e 6 do espectro digital serão reservados para a radiodifusão no Brasil. De acordo com ele, essa reserva tem sido debatida com a Anatel. Os demais canais serão divididos. Enquanto as televisões analógicas existirem, elas ficarão com os canais de 1 a 3. Já as televisões digitais deverão ficar com os canais do 7 em diante.

Genildo Lins informou ainda que, apesar do futuro do rádio estar atrelado à tecnologia digital, pelos serviços que acompanham esse tipo de tecnologia, os resultados foram ruins para todos os testes que foram feitos em 15 estações de rádio entre AMs, e FMs de baixa e de alta frequência. “O futuro do rádio é o modelo digital, mas esse futuro ainda não chegou”, disse. O secretário informou que o sinal digital cobriu apenas 70% da área hoje coberta pelo analógico.

Mais testes

O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, afirmou também que antes do governo tomar uma decisão quanto ao melhor modelo a ser adotado é preciso aprimorar os testes e avaliar a viabilidade de mercado. Segundo o deputado Sandro Alex (PPS-PR), que solicitou o debate, a digitalização é inevitável, mas é preciso discutir as estratégias para construção de políticas nacionais de transição para o padrão digital.

Em 2010 o Ministério das Comunicações publicou a Portaria 209 para estabelecer a criação do Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), mas não houve até o momento a definição de qual tecnologia será usada. Existem pelo menos cinco padrões já em uso, mas o Brasil está em dúvida entre os modelos europeu e norte-americano.

O Digital Radio Mondiale, também chamado DRM, é um padrão aberto criado por um consórcio de emissoras e fabricantes de eletrônicos, que engloba a BBC, a Rádio França Internacional, a Deutsche Welle, a Telefunken e a Thomcast.

Já o grande trunfo do sistema americano HD Radio é a adoção oficial pela agência de telecomunicações dos Estados Unidos (FCC) e por mais de 1.500 emissoras na América do Norte, na Europa, na China e mesmo no Brasil que já fazem transmissões no sistema regularmente – e que não estão dispostas a trocar o equipamento de transmissão adquirido recentemente, considerado caro por especialistas do setor.(Da redação, com Agência Câmara)

Postagens mais visitadas deste blog

Como Sites Hub melhoram seu tráfego

Outras fontes!

Folha de S.Paulo - Ilustrada - Principal

CNN Brasil

InfoMoney

Contato

Contato
Clic e faça contato!