Apenas um real e vinte cinco centavos
O Binóculo nasceu como um projeto
de aposentadoria de funcionário público e, foi construído na disputa entre
tarefas domésticas, cuidados com bebê e manuais de Mães S.A.
Pitoresca ou não, a história do Binóculo
tem tudo a ver com o mundo multifacetado das tecnologias de informação e
comunicação e das possibilidades que são dadas pelo teletrabalho (pois ainda
não podemos o teletransporte, mas teletrabalho, sim, é totalmente possível!).
A proposta inicial do Binóculo, não
era exatamente uma proposta, mas era uma vontade de ver e ser vista – natural
num tempo como o nosso, cheio de estímulos à comunicação e à exposição.
A partir disso, o trabalho do
Binóculo foi tomando forma. E foi dado como um ofício novo, ou melhor, ofício
estranho para muitos, chamado análise de informação e conhecido nos corredores
da academia como monitoramento de informação e, ainda, monitoração de
informação (apesar de alguns acharem monitoração um termo inadequado).
Certa vez, um profissional
conhecido no ramo de sonoplastia, disse: “gestão estratégica da informação...
nossa, que puta nome, hein!? Mas..., pra que serve isso, mesmo?” – E certamente,
ele, até hoje, não sabe para que serve “isso”, já que seu interlocutor decidiu
que seria muito trabalhoso explicá-lo.
No entanto, não é sobre termos
técnicos e dados acadêmicos que este texto quer falar-lhe. O objetivo é
entender o valor da informação e de que maneira ela chega ao público. Por
exemplo, os jornais de R$1,25, vendidos aos montes e de caráter informacional
duvidoso, são um sucesso. Modelo de negócios dos mais copiados.
Saber qual informação ler tem
sido um desafio em tempos de ansiedade da informação. E o Binóculo, neste caso,
não é um produto de informação – é um monitor de informação através do qual
quem o acessa pode ver as principais notícias que circularam e, que, trataram
de cultura, gestão, economia criativa, editais de leis de incentivo, cursos,
congressos, seminários, etc. O que faz quem está por trás do Binóculo??? É
simples, e bem mais curto que o nome dado a este ofício; quem fica por trás do
Binóculo, fica de olho, selecionando informações que possam ser úteis no
dia-a-dia dos que atuam na Gestão Cultural.
Nestes últimos dois anos, fomos
acessados por pessoas dos EUA, Alemanha, França, Rússia, Reino Unido, Costa do
Marfim, Polônia, Holanda, Japão. E, claro, principalmente do Brasil. Surpreendeu-nos
que públicos de outros países venham nos acessando diariamente, sobretudo da
Alemanha, EUA e França. E, às vésperas de completarmos os 10.000 acessos, temos
ainda algumas inquietações. Primeiro a de saber que não somos um blog de
sucesso porque para isso deveríamos estar, no mínimo, na casa dos 40.000
acessos. E, que, antes de qualquer coisa, blogs de sucesso dão retorno financeiro.
O que definitivamente não é o nosso caso. E se perguntarem quanto ganhamos com
isso até o momento, é fácil dizer que não ganhamos sequer R$1,25!
E ainda, se perguntarem por que
continuamos fazendo este trabalho? Diremos: para trazer a gestão estratégica da
informação para o setor cultural ou, sendo mais objetiva, para termos “olhos”
ligados no que esta seleção de informações pode proporcionar aos profissionais
deste setor. Afinal, são tantos sites, tantos editais, tantos eventos, tantas
leis de incentivo, tantos twittes, curtições e compartilhamentos, que já nem
damos conta.
Não ganhamos nem R$1,25, mas como
estamos em tempos de natal e de presentes... Podemos deixar uma provocação.
Caso você seja um dos agraciados pelas utilidades do Binóculo e queira
retribuir de alguma forma singela e modesta; deposite R$1,25 em nossa conta
bancária. Garanto que será muito bem vindo!