MinC investirá em internacionalização da literatura brasileira


A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), do Ministério da Cultura, vai investir, até 2020, US$ 35 milhões em uma ampla política pública de longo prazo que visa ampliar a presença do livro brasileiro no exterior.
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Esses valores serão empregados tanto para financiar a tradução de obras como para divulgar os autores e a literatura nacional fora do país por meio de participação em eventos de prestígio, programas de residência e apoio a viagens, palestras e encontros.
O Centro Internacional do Livro (CIL), vinculado à FBN, será o responsável pela gestão dos recursos, destinados em boa parte ao estímulo da tradução. Um número crescente de editoras tem sido atraído pela perspectiva de estabilidade e pela eficiência na execução do programa de internacionalização.
Um dos principais pilares dessa política é Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, que foi remodelado e ampliado no ano passado. A principal mudança na reestruturação foi que ele passou a funcionar de forma ininterrupta com a orientação de atender todas as propostas que cumpram as exigências do edital e não somente as melhores, como era antes.
Desde julho de 2011, quando foi anunciada a nova política de internacionalização do livro brasileiro, o programa aprovou o equivalente a quase 80% do que havia sido feito nos 20 anos anteriores. Entre 1991 e 2010, haviam sido concedidas 178 bolsas às editoras estrangeiras para financiar a tradução. Nos últimos 14 meses, foram aprovadas 141 bolsas, que se somam a outras 70 traduções (concedidas em 2009/2010) que estão em andamento e dezenas de outras que sendo feitas sem o dinheiro do governo.
O programa oferece até US$ 8 mil para tradução e também prevê apoio à reedição de obras esgotadas no exterior, tanto para edições impressas como no formato e-book. A partir deste mês, serão publicados editais específicos para estimular segmentos do mercado, como a literatura infantil e juvenil e os livros técnicos, científicos e profissionais. Além disso, o Centro Internacional do Livro vai passar a publicar convocatórias, a cada dois meses, para comemorar efemérides, como no caso de centenários de nascimento ou morte de escritores.
Outra novidade é o edital específico para apoiar a publicação dos livros brasileiros nos países de língua portuguesa. Este ano, o Centro Internacional do Livro também lançou um inédito programa para residência de tradutores estrangeiros, que podem se candidatar a uma bolsa de US$ 7,5 mil para uma estada de até três meses no país, a fim de ter um maior contato com a cultura brasileira.
Também já está em funcionamento um programa para intercâmbio de autores: editoras estrangeiras podem se candidatar a receber um apoio de US$ 3 mil para levar os escritores brasileiros para sessões de autógrafos, palestras ou entrevistas para ajudar a divulgar suas obras.
Uma das estratégias mais importantes do Ministério da Cultura para ampliar a presença internacional do Brasil é a intensificação da presença das editoras nacionais nos principais eventos no exterior. A Fundação Biblioteca Nacional está articulando um calendário de homenagens ao país nos principais eventos literários do mundo, como é o caso da Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante do mundo. Nesse caso, o Brasil será um dos dois únicos países do mundo a ser duas vezes homenageado (o outro é a China), já que foi o convidado de honra também em 1994.
No ano passado, primeiro ano do calendário de homenagens que vai até 2020, a homenagem ao Brasil foi feita na própria Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que está entre as maiores do mundo. Em 2012, o Brasil foi convidado de honra em Bogotá, nos 25 anos desta que é uma das principais feiras de livro da América do Sul. Já em 2014, o país será o destaque principal da Feira do Livro de Bolonha, a mais importante do mercado internacional para a literatura infantil e juvenil.
Outras homenagens vão acontecer, nesta década, no Salão do Livro de Paris, na Feira do Livro de Londres e em Nova Yorque, entre outras. Ao mesmo tempo, o Centro Internacional do Livro também participa, junto com entidades da área como a Câmara Brasileira do Livro (CBL), dos principais eventos da área no mundo, buscando sempre reforçar sua presença nos anos seguintes a essas homenagens.
Um reforço para intensificar a divulgação do Brasil lá fora é a Machado Magazine, uma revista trimestral que terá versões digital e impressa com primeiros capítulos e trechos de obras em inglês e espanhol para o mercado internacional e estudiosos da literatura brasileira. A iniciativa é uma parceria entre a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Itaú Cultural, com o apoio do Itamaraty e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
As homenagens ao Brasil na Feira do Livro de Frankfurt em 2013 já serviram para despertar maior interesse dos editores no mundo e, particularmente, dos alemães em relação à literatura brasileira. Nos últimos 14 meses, a Alemanha recebeu 21 bolsas do projeto para traduzir obras de escritores brasileiros e já, nesse período, o primeiro país a demandar bolsas de tradução – no histórico do programa, a Alemanha ainda aparece em quinto lugar, com 25 bolsas, e a França em primeiro, com 40.

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